Rotina Clássica Oriental
- Kamila Nunes
- 29 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Eu particularmente sempre tive muita dificuldade de saber se aquela música era ou não um música clássica de dança do ventre (rotina clássica) ou não, mas com o texto que está aqui achei muito mais simples de entender! Dá uma olhadinha:
O termo música clássica é utilizado para indicar qualquer música que não pertença às tradições folclóricas e populares. E dentre as ramificações da música árabe está a música clássica oriental. Ela é geralmente composta por grandes orquestras e ganhou uma textura mais rica, com instrumentos específicos ou grupos de instrumentos dominando certos trechos da música. A percussão marca os ritmos e faz alguns floreios, enquanto os instrumentos melódicos produzem a melodia. É necessário conhecê-los, estudá-los e interpretá-los, tanto instrumentos quanto ritmos. E eles aparecem na música clássica, seguindo certa estrutura, que conheceremos a seguir. Introdução: Nos países árabes é comum as bailarinas dançarem junto às grandes orquestras já mencionadas. Por isso, a introdução é respeitada como o momento de apresentação da orquestra. É praxe a bailarina não entrar em cena nessa hora. Chamada da bailarina: Em muitas músicas uma breve marcação de percussão indica que está chegando a hora da entrada da bailarina em cena. Aqui é possível optar por fazer uma entrada sutil ou esperar o próximo momento. Entrada em cena: Aqui há uma mudança na música. Começam a aparecer ritmos mais rápidos, como o Malfuf, que pedem deslocamentos, giros, arabesques, developés, envelopés, chasse, uso cênico... É um momento de grandiosidade, de entrar em cena de forma elegante e altiva, mas sem perder em simpatia. Podemos utilizar acessórios, como véu. Aqui quem se apresenta ao público é a bailarina, cumprimentando-o e o convidando a embarcar com ela nessa incrível viagem! Mudança rítmica e/ou cadencial: Aqui começam ritmos cadenciados. Podemos explorar movimentos tradicionais. Os deslocamentos espaciais, se o fizer, precisam ser menores. Esse é um momento de descontração, de movimentos soltos, pés no chão, quadris reverberados. Taksim: Nesse momento há um improviso por parte da orquestra, um jogo de perguntas e repostas entre dois ou mais instrumentos. Aparecem os ritmos lentos acompanhados de instrumentos melódicos (flautas variadas, como a nay e a kanun, alaúde, acordeon, violino, etc). E a bailarina aqui, improvisa em sua dança, junto com a orquestra. Se volta para si mesma, é convidada a introspecção e a exploração interpretativa plena. É possível preencher o espaço com movimentos sinuosos, arredondados , flexibilidade e braços suaves de forma sutil. A calma e a clareza na execução dos movimentos farão diferença em sua dança. Folclore: A maioria das músicas clássicas apresenta trechos de ritmos folclóricos (said, khalige, falahi, zaar, muwashahat, etc). Por isso é necessário conhecer pelo menos um mínimo de danças folclóricas e ritmos, respeitando os movimentos típicos, que serão solicitados nesse momento. O folclore precisa ser reconhecido em seus movimentos! Percussão: Alguma música apresentam ainda um trecho de percussão, com instrumentos como derbake, dahola, daff, snujs, entre outros. Movimentos marcados, técnicas de quadril, destreza e velocidade são bem vindos! Retorno do tema: Geralmente há um retorno ao ritmo e melodia do momento de entrada da bailarina. Aqui você sabe que está chegando o fim da música. Novamente entram em cena os deslocamentos grandiosos! A bailarina agradece e se despede de seu público. Grand Finale: Aqui é o final de seu show, que deverá ser de grande impacto, surpreendendo a todos! Fonte: http://dancadoventre-estudos.blogspot.com/2012/07/musica-classica-arabe.html?m=1
Deixo aqui um vídeo que retirei do youtube de exemplo para uma rotina clássica oriental:
Bailarina: Natascha Eggers
É isso ai!! beijocas e até mais :)
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